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PEDICULOSE CAPITIS (PIOLHO)

A pediculose do couro cabeludo (mais conhecida por piolho) é uma infestação do couro cabeludo pelo Pediculus capitis, e causa muita coceira, especialmente na nuca e atrás das orelhas. É de distribuição mundial, cosmopolita, compromete em especial as crianças com pico de incidência entre os 5 e 13 anos. Não é influenciado pelo comprimento do cabelo ou pela frequência de lavagem do couro cabeludo.

Normalmente a transmissão ocorre pelo contato cabeça-cabeça, uma vez que o parasita não consegue saltar ou voar. Também pode ser transmitida por roupa infestada, chapéus, escovas de cabelo, pentes, toalhas, roupas de cama, entre outros. O parasita tem de 1 a 3 mm e os ovos (lêndeas) em torno de 0,8 mm e ficam aderidas com firmeza à haste do cabelo.

 

A coceira é o principal sintoma, mas só surge 1 a 2 meses depois da infestação, quando o paciente fica sensibilizado aos componentes da saliva do piolho. Alguns indivíduos podem permanecer assintomáticos. Também pode ocorrer infecção secundária (com crostas e secreção) e linfadenopatia cervical (“gânglios” na região do pescoço).

 

O tratamento deve ser feito com shampoo de permetrina ou loção (atualmente é o mais recomendado) e repetido após 7 a 10 dias. Também pode-se utilizar medicação oral, com orientação médica.

No consultório é comum casos "resistentes" de piolho, ou seja, que não melhoram com o uso do shampoo. Algumas causas dessa falha do tratamento são:

1) Shampoo não foi suficiente: a dose é menor e pouco tempo de contato com o couro cabeludo, em relação à loção de permetrina. Ou o tratamento foi eficaz, mas não foi repetido após 1 semana.

2) Remoção das lêndeas não foi adequada: essa é a principal causa! Precisa retirar manualmente todas as lêndeas, uma vez que se sobrar um ovo = piolho. Pode ser necessária a retirada com pente fino durante vários dias. Para retirar as lêndeas pode ser usada mistura de 1/2 água morna e 1/2 vinagre e pente fino.

 

3) Reinfecção: curou adequadamente, mas teve novo contato com alguém da família ou na escola. Por isso é importante avaliar todos na família e avisar na escola.

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