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DERMATITE DE FRALDA

A dermatite de fraldas (ou “assadura”) é uma reação inflamatória aguda que acomete as regiões cobertas pelas fraldas: região genital, nádegas, parte superior das coxas e parte inferior da barriga. Ocorre entre 2 meses e 2 anos, porém é mais frequente dos 6 aos 9 meses.

 

A pele fica vermelha e pode ter bolinhas (pápulas) e pequenas bolhas (vesículas), erosões e ulcerações. Ocorre pela oclusão constante da fralda (o plástico bloqueia e impede que a pele "respire"). Essa oclusão causa aumento da temperatura no local e facilita a penetração de irritantes na pele como a urina e as fezes e também diminui a resistência da pele à fricção causada pela fralda. Após a irritação inicial pela fralda é comum a infecção secundária de microorganismos, como fungos.

A dermatite da área das fraldas é frequente, e às vezes pode ser de difícil melhora, o que causa muita ansiedade aos pais e desconforto para o bebê.

O tratamento é variado, mas inclui:

1) Manter a região limpa e seca, aumentando a frequência de troca das fraldas.

2) Deixar sem fralda sempre que possível.

3) Para higiene da urina apenas utilizar água morna e algodão. No caso de limpeza das fezes o ideal é usar sabonete suave ou géis de limpeza sem sabão (syndets).

4) Evitar ao máximo os lenços umedecidos ➡️ Reservar para quando não é possível fazer a limpeza orientada acima: Os lenços umedecidos apresentam substâncias químicas e sabões que em contato com a pele podem causar irritação ou alergia, mesmo os mais hipoalergênicos.

 

5) Cremes de barreira: não são necessários em toda troca de fralda quando a pele está íntegra. Além disso, na formulação destes cremes há substâncias que também podem causar irritação. Quando há alteração da pele, os cremes de barreira são necessários, e criam uma camada espessa entre a pele e a urina/fezes. Neste caso, para limpeza deve ser utilizado algodão embebido em óleo (mineral ou vegetal), já que a remoção pode ser difícil somente com água e sabão.

 

6) Tratamento medicamentoso: no caso de dificuldade de tratamento com as medidas acima, pode ser necessário o uso de cremes corticosteroides, antifúngicos ou antibióticos. Entretanto, é importante que nenhuma dessas medicações deja utilizada sem acompanhamento médico.

Nos casos que não estão melhorando, devemos considerar o diagnóstico de doenças que acometem a região das fraldas como: alergias, dermatite seborreica, dermatite atópica, psoríase, e até doenças mais raras como síndrome de Leiner e histiocitose das células de Langerhans.

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