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NEVO ATÍPICO

Nevo atípico ou displásico é um nevo melanocítico que tem características morfológicas como assimetria, bordas irregulares e variação de cor, que precisam ser diferenciados de um melanoma em estágio inicial. Os nevos atípicos apresentam predileção por regiões com exposição intermitente ao sol (especialmente o tronco).

 

Assim, acredita-se que o seu desenvolvimento esteja relacionado à exposição solar aguda e intensa, uma vez que há associação dos nevos atípicos com antecedente de queimadura solar na infância e adolescência, em pacientes com pele sensível à radiação solar.

 

Os nevos são considerados atípicos ou sugestivos de melanoma quando seguem um padrão conhecido como ABCD:

            A: Assimetria = quando dividido a lesão não é simétrica, um lado é diferente do outro

            B: Bordas irregulares: podem ser borradas e pouco definidas

            C: Cores múltiplas: geralmente mais de uma cor, com tonalidade escura ou enegrecida

            D: Diâmetro: tamanho acima de 5 a 6 mm

           

Nevos atípicos podem ser únicos e aparecer esporadicamente, e nesses casos podem ser acompanhados pela dermatoscopia (microscópio que aumenta a lesão em 10x) com intervalo regular ou ser retirados e submetidos à biópsia. Os nevos atípicos apresentam maior chance de melanoma no futuro, ou ainda de ser um melanoma muito inicial (quando a cirurgia é curativa).

           

Em alguns casos os nevos atípicos podem ser múltiplos, comumente há história familiar de melanoma ou de nevos múltiplos. Nos casos de nevos atípicos múltiplos, conhecido como síndrome do nevo atípico, como a quantidade é grande não recomenda-se a retirada de todas as lesões, mas sim as com maior indício de atipia grave ou melanoma.

           

Nos pacientes com múltiplos nevos melanocíticos (comuns e atípicos) há uma chance maior de melanoma, especialmente acima de 100 lesões. Assim recomenda-se a realização rotineira do mapeamento corporal total, que é um exame onde toda a pele é fotografada e os nevos mapeados (realizam-se fotografias dos nevos com ampliação de 20 a 70x). Essas fotografias são comparadas após 6-12 meses e consegue-se identificar o surgimento de novas lesões ou modificações de lesões antigas. Este exame é importante para evitar a realização de biópsias múltiplas e desnecessárias, além de conseguir identificar melanomas iniciais, quando a cirurgia é curativa.

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